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Como é que a nova lei do amianto vai afetar a indústria europeia da construção

Recentemente, o Parlamento Europeu deu luz verde a uma nova diretriz voltada para reduzir drasticamente o limite de exposição ao amianto no ambiente de trabalho. Esta resolução marca um marco crucial na prevenção de riscos no trabalho, uma vez que o amianto ocupa o primeiro lugar como principal desencadeador de cânceres relacionados ao trabalho, sendo responsável por 78% dos casos diagnosticados com origem laboral.

Apesar da proibição do uso de amianto desde 2005, persistem numerosas construções, materiais e edificações que ainda incorporam este composto, implicando, segundo estimativas, um risco de morte iminente para mais de 70.000 indivíduos anualmente na Europa. Portanto, torna-se imperativo tomar medidas contundentes para mitigar a exposição a esta substância prejudicial.

O amianto é a maior causa de casos de câncer no ambiente de trabalho

A diretiva recentemente aprovada estabelece um limite 10 vezes mais rigoroso que o atual, com o propósito de minimizar ao máximo a cota permitida de exposição. O limiar de exposição ocupacional (OEL, pelas suas siglas em inglês) passará de 0,1 fibras por centímetro cúbico para um novo índice de 0,01 fib/cc. Esta mudança representa um avanço significativo na salvaguarda da saúde dos trabalhadores europeus, embora simultaneamente apresente um desafio considerável para os especialistas em avaliação e controle.

Durante um período de transição máximo de 6 anos, os estados membros deverão implementar técnicas de análise mais avançadas e precisas, baseadas na microscopia eletrônica em vez da óptica. Posteriormente, será concedida a opção de reduzir o nível para 0,002 fibras de amianto por cm³, excluindo as fibras finas, ou para 0,01 fibras de amianto por cm³, incluindo as fibras finas.

Esta mudança legislativa não só apresenta um desafio para os higienistas ocupacionais e os laboratórios de análise de amianto, mas também representa uma oportunidade para fortalecer a segurança no trabalho na Europa. A Associação de Profissionais do Amianto (APA) acolhe com compromisso esta mudança e está em plena preparação para o futuro, aprimorando suas metodologias de análise e fornecendo apoio aos Higienistas Industriais em sua tarefa de preservar a saúde dos trabalhadores.

Como a nova lei do amianto afetará a indústria da construção na Europa?

A nova lei do amianto na Europa, que visa proteger melhor os trabalhadores e garantir a eliminação segura deste material, terá um impacto significativo na indústria da construção. Algumas das mudanças mais relevantes são:

  • Redução do limite de exposição: A Comissão Europeia propõe reduzir em dez vezes o valor atual do limite de exposição ao amianto, passando de 0,1 fibras por centímetro cúbico para 0,01 fibras por centímetro cúbico
  • Isso implicará uma maior atenção à segurança nos trabalhos de construção e uma maior supervisão dos profissionais que trabalham com amianto.
  • Retirada obrigatória do amianto: A nova legislação estabelece que em qualquer processo de demolição, o amianto, tanto as substâncias perigosas quanto as não perigosas, deve ser retirado. Isso significa que as empresas de construção deverão incluir a retirada de amianto em seus orçamentos de reabilitação.
  • Censo de instalações e locais com amianto: Antes de 1º de janeiro de 2024, os municípios deverão elaborar um censo de instalações e locais com amianto, incluindo um calendário de eliminação. Isso permitirá ter um melhor controle sobre a presença de amianto nos edifícios e facilitará sua posterior eliminação.
  • Eliminação do amianto de maior risco antes de 2028: Os municípios deverão eliminar o amianto de maior risco antes de 2028, de acordo com a nova lei. Isso implicará um esforço adicional por parte das autoridades locais e das empresas de construção para garantir a segurança dos trabalhadores e da população em geral.

Quais medidas de segurança adicionais se espera que sejam implementadas na indústria da construção devido à nova lei do amianto?

Estas são algumas das formas como se espera que a legislação afete a segurança dos trabalhadores:

  • Redução da exposição ao amianto: A nova diretiva tem como objetivo principal reduzir a exposição dos trabalhadores ao amianto, o que, por sua vez, diminuirá o risco de desenvolver doenças relacionadas a esta substância. Isso será alcançado pela implementação de medidas mais rigorosas para detectar e quantificar o amianto no espaço de trabalho, assim como pela utilização da última tecnologia nesse campo
  • Maior conscientização dos riscos: A nova lei também espera-se que gere uma maior conscientização entre os trabalhadores da construção sobre os perigos do amianto e as medidas de segurança necessárias para se proteger. Isso ocorrerá porque a legislação exigirá uma maior formação e educação sobre o tema.
  • Melhor supervisão e controle: A nova diretiva também implicará uma maior supervisão e controle das atividades relacionadas ao amianto na indústria da construção. Isso será alcançado por meio da implementação de sistemas de monitoramento da exposição ao amianto e da vigilância médica dos trabalhadores.
  • Maior responsabilidade dos empregadores: A nova lei também tornará os empregadores mais responsáveis por proteger seus trabalhadores contra a exposição ao amianto. Isso incluirá a determinação dos níveis de amianto, a
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